As Olimpíadas de Paris terminaram no último domingo, mas a apresentação de Rachel Gunn, mais conhecida como Raygun, durante a modalidade breakdance, continua sendo assunto.
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Em vídeo gravado para as redes sociais, a b-girl falou sobre as críticas que sua apresentação tem motivado, além de abordar outros assuntos que têm circulado nas redes.
O que Rachel Gunn falou sobre as críticas que sua apresentação recebeu nas Olimpíadas?
A atleta começou agradecendo o apoio das pessoas que a tem apoiado e que se divertiram com sua apresentação, mas logo abordou como o ódio e os ataques nas redes sociais têm sido “devastadores”.
- Agradeço a todas as pessoas que me apoiaram. Eu realmente aprecio a positividade e estou feliz que pude trazer alguma alegria para as suas vidas, isso era o que eu esperava. Mas eu não esperava que isso abriria portas também para tanto ódio, o que, francamente, tem sido devastador - desabafou.
- Eu fui lá [nos Jogos Olímpicos] e eu me diverti, eu realmente levei muito a sério, eu me dediquei muito à minha preparação para as Olimpíadas e dei o meu máximo, de verdade. Estou honrada de ter feito parte da equipe olímpica da Austrália e da estreia olímpica do breaking - afirmou.
Gunn também abordou o boato de que teria levado nota zero em todas as suas apresentações. A australiana explicou que não existe uma nota na modalidade. Segundo ela, os jurados avaliam como os participantes se saíram em comparação uns com os outros, e decidem quem foi o melhor.
- Um fato divertido: na verdade, não há notas no breaking. Se quiser ver como os juízes me pontuaram em comparação com minhas oponentes, você pode checar as comparações entre os cinco critérios no site das Olimpíadas. Todos os resultados estão lá - explicou.
Quem é Rachel Gunn, a Raygun?
Rachael Gunn, 36 anos, é pesquisa da cultura do breaking e professora da Universidade Macquarie, em Sydney. Apesar do desempenho ruim nos Jogos de Paris, ela estava colocada em quarto lugar no ranking mundial da modalidade.
Antes das Olimpíadas de Paris, Gunn já havia participado de outros campeonatos, como o mundial World Breaking Championships, representando a Austrália em 2021, 22 e 23.
Apesar das críticas das redes sociais, Raygun recebeu apoio da comunidade do breaking e, em seu Instagram, a australiana postou "Não tenha medo de ser diferente, vai lá e represente você mesmo. Você nunca sabe onde isso pode te levar".
Por que o 'breaking' não fará parte das Olimpíadas de Los Angeles?
Apesar da performance questionável de Raygun em Paris e das críticas das redes sociais, a australiana não foi responsável pela ausência do breakdance dos próximos Jogos Olímpicos.
Com a entrada de cinco novas modalidades nas próximas Olimpíadas – flag football, squash, beisebol/softball, cricket e lacrosse –, não sobrou "espaço" para o breaking.
— Nossa performance em Paris vai definir o futuro do esporte da dança dentro do Movimento Olímpico, e é obrigatório que trabalhemos juntos para fazer tudo o que for possível para superar as expectativas — declarou Shawn Tay, presidente da Federação Mundial do Esporte de Dança (WDSF, na sigla, em inglês), antes da disputa dos Jogos de 2024.
Zack Slusser, vice-presidente da Breaking for Gold USA e da USA Dance, acredita que também será difícil que a modalidade retorne para Brisbane 2032.
— Foi um milagre chegarmos até Paris. A exposição às pessoas certas pode trazer mudanças reais à nossa comunidade, ajudar nossa plataforma a crescer. Será importante para nós. Nos permitirá, pela primeira vez, achar sustentabilidade e elevar nossa plataforma — declarou Slusser.