A australiana Rachael Gunn, mais conhecida como Raygun, foi uma das sensações dos últimos dias das Olimpíadas de Paris. Na estreia do breakdance nos Jogos Olímpicos, a atleta de 36 anos não marcou um ponto sequer, perdendo por 18 a 0 suas batalhas contra Logistx, dos EUA, Sissy, da França, e Nicka, da Lituânia.
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Os movimentos incomuns de Gunn viralizaram nas redes sociais, virando objeto de intensas críticas. Com a notícia de que o breakdance não fará parte dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028, a australiana foi "apontada" nas redes sociais como responsável pela rápida exclusão da modalidade do programa olímpico.
A performance de Rachel Gunn em Paris, de fato, ajudou o breakdance a sair das Olimpíadas?
Por que o 'breaking' não fará parte das Olimpíadas de Los Angeles?
Apesar da performance questionável de Raygun em Paris e das críticas das redes sociais, a australiana não foi responsável pela ausência do breakdance dos próximos Jogos Olímpicos.
Com a entrada de cinco novas modalidades nas próximas Olimpíadas – flag football, squash, beisebol/softball, cricket e lacrosse –, não sobrou "espaço" para o breaking.
— Nossa performance em Paris vai definir o futuro do esporte da dança dentro do Movimento Olímpico, e é obrigatório que trabalhemos juntos para fazer tudo o que for possível para superar as expectativas — declarou Shawn Tay, presidente da Federação Mundial do Esporte de Dança (WDSF, na sigla, em inglês), antes da disputa dos Jogos de 2024.
Zack Slusser, vice-presidente da Breaking for Gold USA e da USA Dance, acredita que também será difícil que a modalidade retorne para Brisbane 2032.
— Foi um milagre chegarmos até Paris. A exposição às pessoas certas pode trazer mudanças reais à nossa comunidade, ajudar nossa plataforma a crescer. Será importante para nós. Nos permitirá, pela primeira vez, achar sustentabilidade e elevar nossa plataforma — declarou Slusser.
Quem é Rachel Gunn, a Raygun?
Rachael Gunn, 36 anos, é pesquisa da cultura do breaking e professora da Universidade Macquarie, em Sydney. Apesar do desempenho ruim nos Jogos de Paris, ela estava colocada em quarto lugar no ranking mundial da modalidade.
Antes das Olimpíadas de Paris, Gunn já havia participado de outros campeonatos, como o mundial World Breaking Championships, representando a Austrália em 2021, 22 e 23.
Apesar das críticas das redes sociais, Raygun recebeu apoio da comunidade do breaking e, em seu Instagram, a australiana postou "Não tenha medo de ser diferente, vai lá e represente você mesmo. Você nunca sabe onde isso pode te levar".
Quem levou a medalha de ouro no breaking em Paris?
No feminino, a japonesa Ami Yuasa ficou com o ouro. No masculino, o vencedor foi o canadense Philip Kim.