Cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris: melhores momentos de uma festa histórica

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Foi um evento para a história. Nesta sexta-feira, mesmo sob forte chuva, Paris abriu com exuberância, criatividade e alguns momentos de tédio as Olimpíadas de 2024. Entre altos e baixos, a organização cumpriu a ousada promessa: tirou a cerimônia de abertura de estádios, como costuma acontecer em Jogos Olímpicos, e levou a festa para o Rio Sena, com as delegações desfilando em barcos. 

O evento, com quatro horas de duração, foi conduzido por uma personagem misteriosa, vestindo capuz e usando máscara, sem mostrar o rosto. Ela carregou a tocha por pontos icônicos de Paris. Foi do subsolo, nas famosas catacumbas, às alturas, sovrevoando o Rio Sena em uma tirolesa.

No fim da cerimônia, o mascarado entregou a tocha para Zinedine Zidane, astro do futebol francês, campeão mundial em 2006. Mas não foi o ex-craque quem acendeu a pira. O gesto histórico coube a Teddy Riner, lenda do judô francês, e a Marie-Jose Perec, tricampeã olímpica no atletismo. Juntos, eles levaram o fogo a um balão, que ergueu a chama ao céu de Paris.

A festa foi do humor à emoção. E teve grandes apresentações musicais, como no show em francês de Lady Gaga, representando uma cantora dos tradicionais cabarés parisienses. O cerimonial homenageou a culture e a arte da França: a música, o cinema, a literatura, a pintura – com direito à encenação do roubo da Monalisa e participação dos Minions (os personagens do desenho animado).

Abaixo, o Sporting News detalha como foram os melhores momentos e os episódios mais marcantes da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris.

Zidane na cerimônia de abertura: correndo pelas ruas de Paris

O primeiro grande destaque da cerimônia de abertura foi Zinedine Zidane. Em um vídeo de abertura dos Jogos, ele carrega a tocha olímpica pelas ruas de Paris, pula sobre carros e anda até no famoso metrô da cidade – antes de entregar o símbolo a um trio de crianças nas catacumbas parisienses.

Lady Gaga: como foi a apresentação na cerimônia de abertura

A primeira grande apresentação musical foi um nome de peso internacional: Lady Gaga. Com referências ao famoso filme francês Moulin Rouge, a artista norte-americana apostou em um conjunto da Dior na cor preta, com um ballet de plumas rosas.

A cantora fez uma homenagem à artista francesa Édith Piaf, cantando a música "L'Hymne à l'amour". Também chamou atenção ao realizar uma apresentação de piano, com alusões ao filme "Nasce uma estrela", no qual participou, com a música "La Vie en Rose".

No fim da cerimônia, outra estrela mundial se apresentou: a canadense Céline Dion, que voltou aos palcos depois de se recuperar de uma doença rara – chamada de "síndrome da pessoa rígida".

Lady Gaga se apresentando na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris
Kevin C. Cox/Getty Images

Como foi a passagem brasileira na cerimônia de abertura?

A delegação do Brasil esteve entre os primeiros países a se deslocar pelo Rio Sena – a ordem de entrada segue o alfabeto em inglês. Os brasileiros fizeram festa para o público: dançaram, cantaram, acenaram. E entoaram o tradicional "sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor".

O Brasil foi um dos países com mais integrantes no barco durante a abertura. Ao todo, 50 atletas de 16 esportes estiveram presentes na embarcação, que tinha capacidade para 144 pessoas. O rugby, com 14 atletas, foi o esporte com mais representantes no barco – entre elas, Raquel Kochhann, uma das porta-bandeiras da delegação do Brasil, ao lado de Isquias Queiroz.

(Getty Images)

Por que os atletas de Israel não estavam no barco?

Uma cena chamou a atenção no desfile dos barcos. No começo do trajeto, o espaço de uma embarcação destinada aos atletas de Israel estava vazio. O motivo seria de segurança – um ministro israelense acusou iranianos de planejarem um ataque terrorista. Depois, atletas israelenses acabaram subindo ao barco e participaram da parte final do desfile.

Protesto e homenagem com flores da delegação da Argélia

A delegação da Argélia jogou flores no Rio Sena, como homenagem a um massacre contra argelinos em 1960 em Paris. Centenas foram sido mortos, e alguns corpos foram arremessados nas águas do rio. 

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