A Copa América 2024, nos Estados Unifos, foi encerrada neste domingo com a final entre Argentina e Colômbia. E deixou para trás um rastro de críticas. O torneio foi marcado por questionamentos à organização e evidentes falhas de segurança. E isso a dois anos da próxima Copa do Mundo, que será realizada justamente no país norte-americano – dividindo as sedes com Canadá e México.
Mas, afinal, o que deu errado? O Sporting News detalha abaixo os principais problemas.
Os gramados da Copa América
As primeiras críticas foram sobre os gramados. A maioria dos campos, habitualmente usados para jogos de futebol americano, teve 100 metros de comprimento por 64 de largura, abaixo da dimensão da Fifa para torneios oficiais. Isso gerou críticas, assim como o estado de alguns dos campos. O técnico da Argentina, Lionel Scaloni, foi um dos primeiros a se manifestar.
Problemas de segurança na Copa América
Mas o pior estava por vir. A Copa América apresentou dois episódios gravíssimos de insegurança. O primeiro aconteceu no jogo entre Colômbia e Uruguai, pelas semifinais, em que uma confusão nas arquibancadas fez jogadores uruguaios irem até o local brigar com torcedores colombianos – familiares dos atletas estavam naquela área. Crianças foram retiradas às pressas, e pessoas entraram no gramado para não se ferirem.
A situação gerou críticas contundentes de Marcelo Bielsa, técnico do Uruguai. Ele atacou a organização da Copa América e os Estados Unidos. Chegou a dizer que o Fifagate (escândalo de corrupção na Fifa) só aconteceu porque os norte-americanos estavam tendo seus interesses contrariados.
Caos na final da Copa América
As críticas de Bielsa tiveram o respaldo de outros profissionais, como Scaloni e o técnico do Canadá, Jesse Marsch – que também relatou episódios de racismo contra seus atletas. E ganharam força na final da competição, quando o caos tomou conta do Hard Rock Stadium, em Miami.
Torcedores, possivelmente milhares, invadiram o estádio sem ingressos. Houve correria e pessoas feridas. Policiais usaram spray de pimenta, mas não conseguiram conter o movimento. O início do jogo foi atrasado em uma hora e vinte minutos. E o estádio esteve superlotado.
Nada disso deve afetar a programação para a Copa do Mundo, mas deixa um alerta sobre os erros cometidos. Para o Mundial, há uma diferença importante: a organização cabe à Fifa, não à CONMEBOL.